Acabo de receber a comunicação do imprevisto falecimento da nossa
querida Irmã Miriam. É me muito difícil exprimir os meus sentimentos de
surpresa, perplexidade e profunda mágoa ao tomar conhecimento desta
triste notícia. Não consigo compreender e me é deveras difícil crer como
uma pessoa como a Irmã Miriam, cheia de vitalidade, exuberância e
alegria contagiosas possa se apagar repentinamente e desaparecer
definitivamente do nosso convívio.
Conservo na memória e no fundo do meu coração gratas lembranças da sua
pessoa e do seu tão especial modo de ser: a sua espontânea bondade, o
seu amor e dedicação pela Igreja que está em Pemba, mas sobretudo
lembro-me da sua solicitude e do seu carinho para com as crianças, as
quais ensinava muitas coisas, preparando-as deste modo para o amanhã.
Quantas vezes, passando eu por Metoro, a Irmã Miriam não me deixava ir
sem me levar a visitar as crianças da sua escolinha que ela tanto amava e
sem que elas cantassem ou recitassem para mim um canto ou algo que
tinham aprendido. Era de facto uma grande mulher de Deus, uma religiosa
de grande afeto.
Por Dom Ernesto Maguengue
Obispo Emérito de Pemba
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